quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Projeto Arteiros - Dança Inclusiva



"O projeto Arteiro é baseado na Dança Educativa Moderna criada por Rudolf Laban.
Ele procurou nos mostrar através de sua Teoria do Movimento a possibilidade de que qualquer pessoa pode dançar, respeitando sua individualidade.
Esse trabalho antes de mais nada visa resgatar a qualidade de vida dos participantes, desenvolvendo valores como respeito e cooperação fundamentais para que haja um bom diálogo e compreensão entre as pessoas.Com esse projeto foi possível observar o resgate da auto-estima, a possibilidade dos participantes se sentirem capazes não só de receber mas de compartilhar algo. A valorização junto à seus familiares e a comunidade em geral, possibilitando enxergar o potencial de todos.
As danças são apresentadas em parques, escolas e teatros, entrando em contato com diferentes pessoas que muitas vezes nunca se aproximaram de uma pessoa com deficiência. Vivenciamos em grupo experiências que valorizam o diálogo/ socialização dos participantes através da comunicação alternativa e/ou suplementar junto à comunidade em geral. Procuramos aprender com nossas diferenças e semelhanças."


Vídeo do projeto Arteiros (com dançarinos surdocegos)



FONTE: http://www.movimiento.org/profiles/blogs/danca-inclusiva

Livro que conta história real faz sucesso entre deficientes de surdocegueira


A pedagoga Ana Maria de Barros Silva acaba de lançar um livro chamado "Heldy Meu Nome -- 
Rompendo as barreiras da surdocegueira" que conta a história real de Heldyeine Soares, uma 
moça de 21 anos que superou o isolamento e as limitações de sua surdocegueira congênita 
herdada pela rubéola contraída pela mãe na gravidez.
Quando era criança, Heldyeine só sabia chorar e se arrastar de costas no chão causando graves 
falhas em seu couro cabeludo. Devido a sua surdocegueira congênita, Heldy parecia uma criança 
isolada, mas, pouco a pouco foi aprendendo a pegar objetos, andar, comer, tomar banho, reconhecer 
pessoas e emoções além de expressar desejos e interagir com o mundo, por meio do toque.
Hoje, aos 21, a moça se comunica por meio de Libras (Língua Brasileira de Sinais) tátil.

Os sinais usados por ela são feitos com as mãos, que ficam em forma de concha, fazendo com que ela 
os sinta e os interprete.

O mundo novo de Heldy é feito de gestos que a ajudam a identificar coisas e pessoas, e é traduzido
 para as Libras tátil, ampliando suas possibilidades de interação e abstração.

Segundo a autora parte do sucesso do livro é mérito também da professora aposentada Marly 
Cavalcanti Soares, do Instituto dos Cegos de Fortaleza, que encarou o desafio de ensinar a menina, 
apesar de ter poucos recursos e de não ter muito conhecimento sobre a surdocegueira.

“Essa é uma história de sucesso que não poderia ficar apagada. Surdocegos congênitos como ela 
tendem a ficar isolados, não têm esse desenvolvimento", diz a autora, que trabalha há 40 anos com a 
educação de surdocegos.
O livro só pôde ser escrito graças aos seus detalhados relatórios do progresso de Heldy. Anotava cada 
conquista, tirava fotos e fazia vídeos, batizados de "Renascer".

Os textos dão uma ideia de como o progresso foi alcançado e comemorado e mostram como Heldy
aprendia rápido e dava sinais de que queria mais. Agora, Heldy tem bastante autonomia --a família só 
não deixa que saia na rua sozinha ou cozinhe. Ela frequenta o Instituto de Surdos de Fortaleza para 
aprimorar seu conhecimento de Libras e faz bijuterias no tempo livre.

Algumas das anotações da professora Marly que estão no livro são dirigidas diretamente a Heldy. 
Seu sonho era que um dia a menina pudesse ler sua própria história.

Os primeiros capítulos foram enviados à jovem em braile --ela lê, mas não fluentemente --e o livro 
todo deve ser lançado nesse formato.

Se você gosta e conhece algum surdocego esse é um ótimo presente para ele. Fica aí nossa dica de 
presente, afeto e solidariedade, agora é com você!


com informações de: Folha de São Paulo


FONTE: http://www.guiame.com.br/noticias/nova-geracao/geral/livro-que-conta-historia-real-faz-sucesso-entre-
deficientes-de-surdocegueira.html 


Características específicas do aluno surdocego


“A surdocegueira consiste no comprometimento, em diferentes graus, dos sentidos da audição e visão.”


  • Os efeitos da deficiência auditiva e visual no desenvolvimento infantil estão relacionados ao grau e ao período de surgimento de cada um dos comprometimentos.



É importante trabalhar os outros sentidos para que o desenvolvimento da  criança aconteça .

TATO
Cinestésico
Paladar
Olfato

É importante despertar no surdocego, por meio de outros canais sensoriais, o desejo de aprender, vencendo seu isolamento. de outros canais sensoriais, o desejo de aprender, vencendo seu isolamento.

Como esse aluno aprende?


“Como o Surdocego poderá ter dificuldades em aprender através da audição e da visão, beneficiará de uma intervenção baseada no desenvolvimento de outros sentidos” (Cushman, 1992).

As experiências táteis são indispensáveis.
É a forma de se adquirir informação acerca do mundo, principalmente se o indivíduo for totalmente cego.

...


“Os sentidos do olfato, do gosto e do movimento também ajudarão a compreender melhor o mundo que nos rodeia. De acordo com Cushman (1992), cada um dos sentidos deve ser incorporado numa intervenção integrada, de modo a encorajar o Surdocego a explorar o mundo a sua volta. É essencial ensinarmos habilidades funcionais1 ao Surdocego. Quanto mais funcional for o ensino, maior é a possibilidade de êxito, pois melhor compreende o seu significado. Assim é muito importante, tanto para o surdo pré quanto para o pós-lingüístico, analisarmos o valor de uma determinada habilidade. ”

POTENCIALIDADES a serem trabalhadas


Abordagens funcionais e coativas no atendimento a criança com surdocegueira:
vFuncionais – salienta a necessidade de dotar a criança surdocega com aprendizagens centradas em experiências reais do dia a dia.
vCoativas – tem como base os estudos de Van Dijk (1989), aponta a constatação nas experiências motoras realizadas pela criança em conjunto com o professor, constituindo o fundamento e a base do desenvolvimento e da aprendizagem. 

Programa de comunicação seis fases


v Relação de apego e confiança(nutrição);
vFenômeno de ressonância;
vMovimento co-ativo;

v Gestos;

vReferência não-representativa;
vImitação.
  

Recursos - Atendimento Educacional Especializado do Governo


vClasse de Educação Bilíngue para estudante surdocego -
estudante surdocego será atendido em classe comum, quando 
não for indicada a classe especial, sempre dispondo de professor
 regente e do professor especialista (guia intérprete).




Centro de Ensino Especial – CCEE e Centro de Capacitação Profissional de Atendimento ao Estudante Surdo – CAS


vOs atendimentos ocorrem em casos, nos quais “se demostre que a educação nas classes comuns não possam satisfazer as necessidades educativas ou sociais da criança, ou quando for necessária para seu bem-estar”. (tempo de permanência do estudante no Centro de Ensino Especial até os 21anos).

Atendimento Educacional Especializado por professor itinerante 

  Atendimento ofertado a estudantes com necessidades educacionais especiais da rede pública, com finalidade de viabilizar a remoção de barreiras ao desenvolvimento e na aquisição da aprendizagem.

Recursos de comunicação expressiva


oGestos naturais (55%);
olíngua oral com combinação  (11%);
o os que não possuem sistemas de comunicação expressiva(7%)
o De acordo com esses dados, a língua de sinais constitui o recurso de comunicação mais promissor para as pessoas surdocegas.



 Recursos de comunicação  Receptiva mais usados por surdoscegos (
O’Donnell1991

olíngua de sinais (83%),
oGestos e insinuações táteis (60%),
oAlfabeto digitado na mão ( 40%),
oSistema Braile (6%)
o e contexto (3%).

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Como trabalhar...


Todo trabalho pedagógico com pessoas surdocegas deverá ter por parte dos profissionais uma atitude nova diante do saber.

Faz-se necessário edificar um novo modo de ser e fazer,isto é, o trabalho pedagógico precisa ter uma base caracterizada pela transdiciplinariedade.

O apoio pedagógico individual é requisito básico para inclusão do surdocego.

O professor deve acreditar no seu aluno, pois acreditar é dar oportunidade.
Boa noite a todos!
Hoje postamos aqui para vocês um vídeo muito interessante produzido pelo Instituto nacional de Educação de Surdos - INES, com o objetivo de promover informações sobre a Surdocegueira.
Espero que gostem!

Abraço. Deus abençoe


Relação escola-família no processo educacional

  • A família é condição essencial para o sucesso do processo educativo e principalmente para o desenvolvimento da pessoa surdocega; 
  • Os pais precisam estar envolvidos e ter uma parceria com outros profissionais que estão atuando no processo educacional, visando o desenvolvimento de seu filho;
  • São verdadeiros cooperadores e parceiros, pois trazem informações importantes sobre o comportamento da criança; 

Como deve ser o processo de inclusão/integração?


O que significa incluir de fato um surdocego?
Muitos profissionais se perguntam: como pode haver inclusão se não sei me comunicar com ele e nem como ele se comunica.
A discussão sobre a inclusão de alunos com surdocegueira no ensino regular ainda é muito tímida. Pois essa inclusão envolve questões tais como:
  • as diferentes concepções de deficiência;
  • conhecimento dos estilos de aprendizagem; 
  • as reais necessidades de comunicação dessa população.
LD
É necessário que as escolas se modifiquem para atender qualquer diversidade, para acomodar todas as crianças independente das condições social e cultural e suas características individuais.
A inclusão é favorecida com a participação do profissional guia-intérprete para pessoas que são surdocegas pré-linguísticas ou pós-linguísticas;
A intermediação será a chave para o sucesso da aprendizagem e inclusão.
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013



Sejam todos muito bem vindos!


"Nunca poderei expressar com palavras, o que é ser surdo, ou cego... mas tento com pequenos gestos colocar na cabeça das pessoas o quanto o ser humano precisa de carinho, amor... e paz!"

Meu poema surdo, cego.
Filipe Macedo
20/09/2008